quarta-feira, 3 de julho de 2013

A espera

Agora que eu passei em tudo na Universidade (e continuo blocada*!), estou esperando pelo meu ToA. O ToA é um termo de aceite da universidade estrangeira. Ok, vamos “começar do começo” hahahaha...

Quando você faz a inscrição pelo site do Ciência Sem Fronteiras (vou começar a chamar de CsF, facilita muito nossa vida de internauta, gente), você coloca seus dados e seu histórico da universidade brasileira. A partir disso, seu coordenador institucional (ou seja, da sua universidade, aqui você ainda não tem nenhuma ligação com a CAPES e nem com o CNPq) te indica para a CAPES e/ou no CNPq. Como assim? Ele vai avaliar suas notas, se você tem iniciação científica, se seu histórico é bom, enfim, se você é um aluno de excelência e vai te aprovar ou não. Depois de aprovado nessa etada, yay! A CAPES e no CNPq, dois órgãos públicos, vão buscar sua nota do ENEM e te classificam com base nela. Ué? ENEM? Sim, infelizmente é esse método que eles usam para te classificar. Não me perguntem por que, tenho meus palpites, mas ainda assim não acho válido.

Agora começa a dor de cabeça.

Normalmente, depois dessa etapa você está praticamente dentro, porque o CNPq e a CAPES te indicam para o instituto responsável por te alocar na universidade estrangeira e sempre arrumam um jeitinho de você ir.

Mas como tudo nessa minha vida é complicado, hahahaha, comigo foi bem diferente. Começou por todo aquele blábláblá de que eu era uma aluna de excelência e de que poderia escolher outro lugar para ir. Eu escolhi Reino Unido! Meu sonho? Claro! Sempre quis falar daquele jeitinho que só o inglês sabe falar, ou até mesmo aquele sotaque escocês bonitinho, ruivos, frio, coisas que me lembrasse ao passado, lugares históricos, etc. Mas como essa vida insiste em me deixar maluca, não pude ir pelo fato do visto precisar da prova do IELTS e eu não tinha tempo e muito menos grana para fazer aquela prova tão em cima da hora. Então a CAPES resolveu nos dar uma terceira chance!

“Vamos pros Estados Unidos, galerinha?”

Quando eu vi esse e-mail quase caí para trás. Como assim eu não ia mais pro Reino Unido? Eu já estava aqui sonhando, fazendo planos, já conhecia o mapa até de cabeça pra baixo. Já sabia até como andar pelo metrô!

Ok, então, vamos pros Estados Unidos.

Em nenhum momento eu fiquei ansiosa, com vontade de ir. Não tive o menor interesse em pesquisar sobre nenhum canto dos Estados Unidos. Minto, até pesquisei. Vi uma universidade em Chicago pela qual me interessei. Claro, ela foi a que mais aprovou alunos do CsF, mas não eu. Quando preenchi o formulário (chamado de application) do instituto americano responsável por me alocar na universidade americana, até coloquei uns courses dessa universidade que eu queria. Mas e aí? Aí que nada!

Então as pessoas começaram a receber seus ToA’s, e aquela ansiedade começou a mexer por dentro de mim. Para onde eu vou? Com quem vou? Lá é frio? Calor? Tem feijão (minha maior preocupação)?
Todo dia eu acordo e vejo meu e-mail. Sonho abrindo meu e-mail. Até abro, às vezes, no meio do sono. 

Mas não encontro nada. Sempre nada.


Será que hoje vai?

*blocada = Não reprovou nenhuma cadeira na universidade.

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